O meio termo e a filha do meio
Sou a filha do meio, ou como eu gosto de dizer, nem a mais velha, nem a mais nova, mas "a mais do meio".
Sou libriana ...dizem que é o signo do
equilíbrio, da balança...
Talvez por isso tenha pendido para as
ciências humanas (três graduações e todas na área de humanas!).
Talvez por isso também a minha inquietude
pela valorização da moderação, o apreço pelo entendimento das diferentes
interpretações possíveis para um mesmo fato, pela suposição de que opiniões
divergentes podem e devem ser escutadas em prol do aprimoramento da reflexão.
Faço um parênteses para a necessária e breve distinção sobre ouvir e escutar.
Segundo informações contidas no site Obvious1 , o teórico e compositor francês Pierre Schaeffer entende que ouvir é apenas receber o som passivamente, às vezes sem sequer percebê-lo, coisa que acontece o tempo todo já que não podemos fechar os ouvidos da forma como fechamos os olhos e os sons estão constantemente chegando aos nossos tímpanos. Já escutar é o ato de direcionar sua atenção para o som. É ouvir e percebê-lo. A escuta, ao contrário da simples audição, é sempre ativa, é preciso que passe pelo intelecto, isto é, pela nossa capacidade de reconhecer signos e de interpretar a realidade.
Saber escutar pode nos ajudar a lapidar a construção de
pensamentos, conclusões, opiniões! Mas escutar é um desafio que requer a nossa
amiga #temperança....
A vida pode ser um degradê consistente e coerente...nem tudo preto, nem tudo branco. Isso não significa falta de
opinião, mas o contínuo exercício da paciência, da escuta e da compreensão.
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