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Mostrando postagens de 2019

Apatia e Empatia

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A Apatia  designa   um estado emocional de  indiferença .  Em estado de apatia f alta-nos emoção  ou motivação diante de situações que, em condições normais, ensejariam reações diversas.  Trata-se de estado semelhante ao desalento, à falta de energia ou  letargia, ao  desânimo,  ao abatimento ou esmorecimento. .. A apatia pode decorrer da depressão (doença), de um estado temporário de condições individuais, em função de um evento específico (não doença) e também pode ocorrer como um fenômeno social, ou seja, capturando o estado emocional de uma coletividade.  A  apatia social  significa a situação na qual as pessoas (uma coletividade) não se importam com as condições gerais (políticas e/ou sociais) da comunidade que vive em seu entorno ou ao menos não se julgam capazes de interferir e fazer alguma coisa.  Há um limite tênue entre suportar adversidades com serenidade e dignidade e deixar tudo se degradar....

Somos o que vivemos

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Dorothy Law Nolte escreveu em 1954 um texto que me foi apresentado pelo Dr. Decio Len, um pediatra extraordinário. O texto se chama " As crianças aprendem o que vivenciam " (disponível ao final do post). Ontem assisti a um documentário dos filhos da Princesa Diana sobre a mãe (feito quando dos 20 anos de seu falecimento e chamado " Diana, Our Mother: Her Life and Legacy" ). No documentário foi possível constatar que, como enunciava Dorothy,  eles são o que viveram . São  afetuosos, mais espontâneos que o usual para a família e continuam a fazer visitas a entidades que abrigam moradores de rua, hábito adquirido em função da mãe levá-los regularmente a esses lares.  O extraordinário foi também perceber que ela, Princesa Diana, nascida em uma família aristocrática inglesa, era um ser munido de empatia em dose acima do normal. Se preocupar em saber como vivem moradores de rua ou pessoas afetadas por guerras civis não é o mais comum para seres muito bem nascidos q...

Objetivo, razão e propósito

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Vivemos nossas vidas guiados por objetivos, razões e propósitos.  Nem sempre todos tomam consciência disso ou mesmo podem parar para pensar e realizar seus propósitos de vida. Há uma grande maioria de pessoas que simplesmente vive pelo seu dia-a-dia e isso já é muito! Os objetivos nos movem no dia a dia, nos ajudam a organizar o tempo, manter o foco e priorizar ações . O  propósito é mais profundo e está relacionado com a própria existência e suas razões. Definir ou conscientizar-se de seus propósitos é algo que está profundamente associado a crenças, valores, a quem somos e à marca que desejamos deixar nesse mundo.  Muitos de nós conseguem entender as razões para sairem de suas casas e irem a luta. Sustentar a família, pagar a faculdade, comprar um carro ou uma casa. Muitos de nós ocupam a vida toda apenas nessa roda-viva, vivendo com as formigas em uma luta diária e sem fim de atividades apenas para manter a sobrevivência.  As razões e os objetivos sã...

A sinceridade, a assertividade e a temperança

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Tem momentos que precisamos ser muito sinceros e objetivos nos feedbacks.  Tem vezes que para promover o amadurecimento de um filho ou de um subordinado precisamos falar com transparência e precisão determinados aspectos que podem até ser desagradáveis à oprimeira vista. Mas nem sempre passar a mão na cabeça é um caminho correto.  Na verdade, dar retornos honestos certamente contribui muito mais para o desenvolvimento do outro do que guardar suas impressões para si e deixar o outro estagnado em suas atitudes. Pois. bem. Isso não significa briga, grosseria na fala, ataque pessoal. O desafio está em ser honesto, firme e gentil. Mesmo sabendo que a mensagem pode não ser agradável (e principalmente sabendo), a forma como se fala não precisa aumentar a acidez do momento.  Assim, temperança vai bem para organizarmos as ideias e colocarmos o foco da mensagem nos fatos, nos atos e nunca qualificar (ou desqualificar) as pessoas.  Pessoas são complexas, nã...

Reflexões sobre o Perdão

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Reflexões sobre o Perdão Nessa semana o presidente falou sobre a possibilidade de perdoar o holocausto, mas não de esquece-lo ( https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/bolsonaro-envia-mensagem-a-israel-sobre-declaracao-de-perdoar-o-holocausto/ ) Não acho, pessoalmente, que um presidente do Brasil devesse se manifestar sobre o assunto que não diz respeito nem a ele e nem aos enormes problemas do país, mas a questão não é essa. Longe do Temperança falar de políticos.  O ponto que chamou a minha atenção é quão arriscado é falarmos sobre assuntos delicados sobre outros povos num mundo globalizado e como uma fala em tese positiva (pelas relações dele com Israel, acredito que ele tenha intenção de agradar e não de ofender), pode ter repercussões negativas.  Fui pesquisar o perdão nas religiões e achei vários textos interessantes (alguns abaixo). Fica claro pela leitura que o perdão é visto de formas diferentes nas religiões cristãs e na judaica. Mas certamente todas...

O caminho do meio e seus méritos. #chegadebriga

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A última eleição municipal do Rio de Janeiro  (201 6) elegeu Marcelo Crivella.  Eduardo Paes, então prefeito, não podia disputar a reeleição e não foi capaz de transferir sua popularidade para seus escolhidos, aliás, nem soube escolher apenas um candidato a sucessor.  O 2o turno acabou entre Crivela e Freixo, dois extremos, dois candidatos sem nenhuma experiência executiva o que, por si só, era o suficiente para que eles não fossem os mais habilitados ao cargo.   A eleição de Marcelo Crivella (1,7 milhão) teve por 2o lugar as  abstenções (mais de 1,3 milhão) já que Freixo obteve 1,1 milhão de votos.  Freixo só foi ao 2º turno porque todos os seus aliados desistiram da disputa e concentraram os esforços nele. Em contrapartida seus oponentes estavam fragmentados no 1o turno, mas, ao chegar ao 2o turno, Crivella recebeu maciça transferência de votos. O certo é que ganhou quem tinha o menor índice de rejeição (alto para ...

Marcela, mas poderia ser qualquer uma

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Em 2016 houve uma polêmica sobre o papel de uma mulher especifica e suas escolhas. O texto do @Temperança daquela época vai abaixo. Várias pessoas que não a conheciam se sentiram no direito de opiniar se era ok se casar com alguém muitos anos mais velho, se o filho era um desejo ou uma forma de garantir pensão e outras coisas do gênero que demonstram como a sociedade ainda está despreparada para respeitar de verdade as escolhas das mulheres.  Hoje a mesma personagem "Linda, Recatada e do Lar" é a protagonista de piadas depreciativas da sua condição, mulher, linda, muito mais nova do que o marido.  É de se perguntar, por que as pessoas se sentem no direito? Cadê as mulheres defensoras do feminismo para defenderem Marcela?  Não a conheço, não faço ideia de realmente nada sobre ela, mas ela personifica a vítima de preconceito invisível e implacável porque parece haver até um constrangimento em defender alguém com suas características, como se ela n...

RBG: como defender sua opinião sem perder o temperamento

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A ssisti ao documentário sobre a segunda ministra da história da Suprema Corte americana, Ruth  Bader Ginsburg.   Muitas podem ser as lições extraídas da vida dessa extraordinária mulher, mas a mais importante, na minha opinião, é a forma como ela escolheu lutar por suas opiniões. Aprendeu com a mãe que discordar sem gritar aumenta as chances de que o argumento seja ouvido.  Demonstrou em sua vida profisional saber respeitar entendimentos contrários aos seus da mesma forma que deseja que os seus sejam respeitados. Não por outra razão foi amiga de ex-ministro  Antonin Scalia, um notório conservador. Não há ira, não há palavras ou gestos chocantes, não há nada além de bons argumentos, falados por uma doce voz, de uma mulher que não deseja ser igual aos homens na aparência, nos trejeitos, mas que não admite ser diferente quando o assunto é a dignidade.  Não há agressividade em sua mensagem ou parcialidade em suas decisões. Acima de tudo, a ...

E se Temperança fosse alguém....

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Quando pesquisamos no "google" sobre a palavra TEMPERANÇA  surgem mensagens espirituais, religiosas, definições dedicionários e até blogs de culinária. Nada pessoal.... A   TEMPERANÇA  é um estado de espírito, uma forma de ser, uma virtude possível de encontrar em certas ocasiões, em certas pessoas. Mas e se a TEMPERANÇA tivesse uma voz?  E se a TEMPERANÇA tivesse um rosto? E se ela, a TEMPERANÇA ,  tivesse que ter voz e rosto num cenário improvável ou até impossível? Pois é. Nesses dias de tanta tristeza e desolação, a cada vez que vi esse jovem, reconheci a TEMPERANÇA nele. A TEMPERANÇA no semblante, revelando a camada mais profunda de um bom coração e a sua irmã, EMPATIA , transbordando na voz mansa e nos olhos amendoados e doces do jovem tenente. É a prova de que EMPATIA e TEMPERANÇA podem ser vivenciadas, sentidas, transmitidas sem moderação. Podemos ser assim e sermos competentes, firmes, profissionais, destacados e por a...

Eu? Sim, você, eu e todos nós!

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Quando comecei o Temperança, a minha família que me conhece tão bem, me perguntou se eu era a pessoa adequada para falar sobre o tema. Respondi que havia tomado consciência da necessidade de precisar melhorar minha temperança, e por isso desejava pensar e escrever sobre o assunto. Não sou melhor e nem pior do que ninguém. Só despertei para essa questão e senti necessidade de trabalhar a minha imperfeição. O mesmo serve para o preconceito. Sim, sou preconceituosa. Eu? Sim e você também é. Todos somos e reconhecer isso é o primeiro passo para bloquearmos ações preconceituosas. Um exemplo? Jovem rapaz, instruído, descolado, a favor de liberar a maconha e o aborto se depara com uma pessoa cuja religião não permite transfusão de sangue ou métodos contraceptivos. Qual será o seu olhar para essa pessoa? Pois, é. Rapidamente inferirá um perfil e possivelmente acreditará que eles não teriam nada em comum. Mais um exemplo. Jovem adulta. Liberal, feminista, "meu corpo, minhas regra...

Pêndulos e costumes

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Difícil entender que a evolução não é retilinea. Em várias áreas da vida isso pode ser observado mas é uma característica ainda mais clara quando estamos falando de mudanças culturais. Na idade antiga, o sexo foi mais livre, a prostituiçãoo era natural, assim como a homossexualidade. Costumes foram alterados em algum momento, tornando o a monogamia um valor social, o homossexualismo um comportamento menos compreendido e assim por diante. Na 2a guerra as mulheres americanas tiveram que sair de casa e foram trabalhar... começaram uma onda de mudança na função social das mulheres em geral. Nos anos 70's houve novo movimento de libertação sexual e, do final dos anos 90 para cá, vemos um mundo que deseja que todas as individualidades sejam não apenas respeitadas, mas também admiradas. Os chamados ativismos trabalham com afinco para que todas as opções individuais, sexuais ou não, de gênero ou não, de visual ou não, sejam não apenas respeitadas, mas também percebidas como com...