O caminho do meio e seus méritos. #chegadebriga

A última eleição municipal do Rio de Janeiro (2016) elegeu Marcelo Crivella. 

Eduardo Paes, então prefeito, não podia disputar a reeleição e não foi capaz de transferir sua popularidade para seus escolhidos, aliás, nem soube escolher apenas um candidato a sucessor. 

O 2o turno acabou entre Crivela e Freixo, dois extremos, dois candidatos sem nenhuma experiência executiva o que, por si só, era o suficiente para que eles não fossem os mais habilitados ao cargo.  

A eleição de Marcelo Crivella (1,7 milhão) teve por 2o lugar as  abstenções (mais de 1,3 milhão) já que Freixo obteve 1,1 milhão de votos. 

Freixo só foi ao 2º turno porque todos os seus aliados desistiram da disputa e concentraram os esforços nele. Em contrapartida seus oponentes estavam fragmentados no 1o turno, mas, ao chegar ao 2o turno, Crivella recebeu maciça transferência de votos.

O certo é que ganhou quem tinha o menor índice de rejeição (alto para os dois candidatos) e certamente não representavam a 1a opção da . grande maioria dos eleitores.

O que isso indica? 

Aceitamos a briga entre os "piores com personalidade" e assim tomamos uma decisão emocional, sem qualquer racionalidade ou pragmatismo. 

Tudo porque nós, brasileiros, decidimos que o caminho do meio não tem personalidade ou valor. Também caimos na cilada de acharmos que quem odeia o que odiamos, quer o mesmo que nós. Trata-se de uma falha de aplicação da lógica (falácia).

Foi o RJ em 2016. Foi o Brasil em 2018. 

As consequências chegam mais rápido ou mais devagar. Uma cidade como o RJ, já tão cheia de problemas, cobra bem rápido o preço da inexperiência, letargia ou incompetência. 

Por que não refletimos sobre uma outra forma de escolher? Sem armas na mão, sem gritos ecoando extremos, sem ódios e principalmente sem a ingenuidade de acharmos que só querem basta e que a pessoa movida por ódio, repulsa ou ressentimento é capaz de produzir ao bom. 

Que tal praticarmos a reflexão e a serenidade?

Que tal pensarmos diferente a partir de agora? 



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Inclusão e tolerância...estamos mesmo praticando?

Confie no tempo, que costuma dar doces saídas e cuide de sua fagulha de energia e esperança!