Marcela, mas poderia ser qualquer uma

Em 2016 houve uma polêmica sobre o papel de uma mulher especifica e suas escolhas. O texto do @Temperança daquela época vai abaixo.

Várias pessoas que não a conheciam se sentiram no direito de opiniar se era ok se casar com alguém muitos anos mais velho, se o filho era um desejo ou uma forma de garantir pensão e outras coisas do gênero que demonstram como a sociedade ainda está despreparada para respeitar de verdade as escolhas das mulheres. 

Hoje a mesma personagem "Linda, Recatada e do Lar" é a protagonista de piadas depreciativas da sua condição, mulher, linda, muito mais nova do que o marido. 

É de se perguntar, por que as pessoas se sentem no direito? Cadê as mulheres defensoras do feminismo para defenderem Marcela? 

Não a conheço, não faço ideia de realmente nada sobre ela, mas ela personifica a vítima de preconceito invisível e implacável porque parece haver até um constrangimento em defender alguém com suas características, como se ela não sentisse o preconceito tal qual outros preconceitos ou outras pessoas na mesma situação. 

Se os movimentos feministas ou contra preconceitos quiserem ser levandos a sério não podem selecionar vítimas, elegendo umas e segregando outras.

É hora de evoluirmos no respeito ao próximo. 

Que a época das mulheres do Século XXI seja a da escolha livre e respeitada, mesmo que ela seja peculiar e muito diferente da média. 

Que cada escolha corresponda a ponderações quanto às consequências, ônus e bônus e que, acima de tudo, seja respeitada por todas as outras pessoas!

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Mas o que é preconceito? Post campeão de 2016!

outubro 09, 2016

Dizem que é o conceito que fazemos antecipadamente sobre aquilo que não conhecemos.

Esta sempre relacionado a um sentimento de estranhamento quanto a uma características pessoal.

Os preconceitos mais comuns, até pouco tempo atrás, se referiam a escolhas que pareciam pouco convencionais como a homossexualidade, ou características relacionadas à cor da pele, à opção religiosa ou a um estilo de vida "alternativo".

Mas qual é a diferença entre julgar a opção do casal gay e do casal com 40 anos de diferença de idade?

E porque a "MIGA sua LOKA" merece respeito em suas convicções feministas e a moça que deseja vestir renda azul clara e esperar o marido cheirosa na janela não?

Fazer sabático ou voltar a trabalhar quando o filho tem um mês?

Não amamentar ou dar de mamar por um ano ou mais?

Fazer produção independente ou esperar o príncipe encantado?

Ser "empoderada" significa o que, afinal?

Sinto desapontar, mas não significa ser bem sucedida profissionalmente, financeiramente independente, ser feminista, esquerdista, executiva ou qualquer outro rótulo ou adjetivo que possa conceituar ou definir alguém....

Ter poder significa ouvir sua voz interior e ser feliz, mesmo quando o seu conceito de felicidade ou de vida boa não confere com a força social do seu tempo.

Sim. Casar com um cara 45 anos mais velho, vestir um vestidinho azul de renda que lembra a Cinderela pode ser o desejo ou o estilo de vida de uma mulher pensante. Nada de errado.

Tantas mulheres fortes, capazes e boas de coração poderiam ter feito tantas escolhas e escolheram exatamente essa vida. Ser mãe e ser esposa. Cuidar da família e de si.

Sim, ser feliz e fiel às suas convicções é o verdadeiro "empoderamento" (e acho péssimo este neologismo, mas me rendo a ele para ver se atraio o público a quem desejo atingir).

Sejamos mais tolerantes e menos preconceituosos com quem ainda deseje simplesmente viver daquela forma que viviam os nossos avós....

Que a apressada análise da vida alheia não nos reduza e não nos iguale aos famigerados preconceituosos que tanto detestamos....

http://temperancablog.blogspot.com/2016/10/mas-o-que-e-preconceito.html