Eu? Sim, você, eu e todos nós!

Quando comecei o Temperança, a minha família que me conhece tão bem, me perguntou se eu era a pessoa adequada para falar sobre o tema. Respondi que havia tomado consciência da necessidade de precisar melhorar minha temperança, e por isso desejava pensar e escrever sobre o assunto.

Não sou melhor e nem pior do que ninguém. Só despertei para essa questão e senti necessidade de trabalhar a minha imperfeição.

O mesmo serve para o preconceito.

Sim, sou preconceituosa. Eu? Sim e você também é. Todos somos e reconhecer isso é o primeiro passo para bloquearmos ações preconceituosas.

Um exemplo? Jovem rapaz, instruído, descolado, a favor de liberar a maconha e o aborto se depara com uma pessoa cuja religião não permite transfusão de sangue ou métodos contraceptivos. Qual será o seu olhar para essa pessoa? Pois, é. Rapidamente inferirá um perfil e possivelmente acreditará que eles não teriam nada em comum.

Mais um exemplo. Jovem adulta. Liberal, feminista, "meu corpo, minhas regras". Conhece outra que deseja casar virgem, se dedicar exclusivamente à família e demonstra postura submissa diante dos homens. Haverá oportunidade de se conhecerem e ficarem amigas?

Há preconceitos para os quais as politicas afirmativas estão direcionadas e outros que parecem ser até aceitáveis. Já ouviram "é riquinho mas nem é babaca"? Preconceito com pobre é feio, mas com rico parece não ser tanto...

O preconceito é parte da natureza humana. Ganhar consciência plena da nossa humanidade, conter os pensamentos preconceituosos que brotam, trabalhar as primeiras impressões e dar uma chance para que os conceitos sejam formados com mais calma e a partir das experiências todas são ações que precisam ser constantemente exercitadas para que o preconceito seja superado. 









 







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