É forte, mas é preciso pensar... A pedra e a Vidraça - Parte 1
Quando estava na faculdade de Direito pensei muito sobre a razão da pena.
Ela existe para recuperar ou para punir? Confesso que até aquele momento (tinha 26 anos) nunca tinha para do para pensar nisso com mais profundidade.
A discussão doutrinária é enorme. As ideias da turma dos direitos humanos (e mesmo senso comum são no sentido de que a pena deveria contribuir para recuperar o apenado e que ele deveria ter uma segunda chance depois de cumprida a sua pena.
Mas diante de casos chocantes como o do goleiro, da moça que matou os seus pais com a ajuda do namorado, do colega que matou a atriz a tesouradas parece bem difícil colocar em prática a tese.
O goleiro tem propostas para voltar ao futebol. E muitas são as pessoas indignadas com os clubes que fazem as propostas.
A pegunta é: ele não tem direito de reconstruir a própria vida após pagar a pena que a justiça lhe deu, ainda que menor do que julgamos justo?
Não terá nunca ou ainda não tem? Não vou dar a minha opinião sobre o caso em si.
Entendo a indignação e a revolta, mas o ponto que o Temperança pretende explorar é a diferença entre a ideia em tese e a sua aplicação quando estamos diante das situações concretas.
A vida é complexa. Muito mais do que pode parecer. Nem sempre aqueles "ideais bonitos" sobrevivem a um evento na vida real, que traz a tona toda a força da realidade, dos sentimentos antagônicos que podem viver dentro de nós!
Exercemos julgamentos o tempo todo e quando menos esperamos estamos tendo atitudes que nos outros parecem erradas, como desejar que alguém continue a pagar por algo que a justiça já o liberou.
Isso é humano. Simples assim.
Ela existe para recuperar ou para punir? Confesso que até aquele momento (tinha 26 anos) nunca tinha para do para pensar nisso com mais profundidade.
A discussão doutrinária é enorme. As ideias da turma dos direitos humanos (e mesmo senso comum são no sentido de que a pena deveria contribuir para recuperar o apenado e que ele deveria ter uma segunda chance depois de cumprida a sua pena.
Mas diante de casos chocantes como o do goleiro, da moça que matou os seus pais com a ajuda do namorado, do colega que matou a atriz a tesouradas parece bem difícil colocar em prática a tese.
O goleiro tem propostas para voltar ao futebol. E muitas são as pessoas indignadas com os clubes que fazem as propostas.
A pegunta é: ele não tem direito de reconstruir a própria vida após pagar a pena que a justiça lhe deu, ainda que menor do que julgamos justo?
Não terá nunca ou ainda não tem? Não vou dar a minha opinião sobre o caso em si.
Entendo a indignação e a revolta, mas o ponto que o Temperança pretende explorar é a diferença entre a ideia em tese e a sua aplicação quando estamos diante das situações concretas.
A vida é complexa. Muito mais do que pode parecer. Nem sempre aqueles "ideais bonitos" sobrevivem a um evento na vida real, que traz a tona toda a força da realidade, dos sentimentos antagônicos que podem viver dentro de nós!
Exercemos julgamentos o tempo todo e quando menos esperamos estamos tendo atitudes que nos outros parecem erradas, como desejar que alguém continue a pagar por algo que a justiça já o liberou.
Isso é humano. Simples assim.
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