Reciprocidade e empatia evitam julgamentos incoerentes.

Como a vida é feita de ciclos, temos a chance de estarmos em papeis invertidos e assim entendermos melhor como se sente ou se sentiu quem está ou esteve na outra posição.

Para quem tem mais de 40 anos, inevitável lembrar do impeachment do Presidente Fernando Collor. Eu era estudante universitária.

A rapidez do processo (1.9 a 30.12 de 1992) e o massacre atropelaram as reflexões sobre as questões técnicas como o contraditório, a ampla defesa, o indubio pro reu (dúvida a favor do réu), a viabilidade de enxotar um presidente eleito pelo povo...

Agora os que lideraram aquele processo se sentem vítimas do atual processo. Idêntico em termos de consequência.

Mas será que pensaram no que pensam agora?

E nas questões da nossa vida, ao ficarmos irritados com a atitudes dos outros, pensamos se alguma vez já fizemos aquilo sem perceber?

É sempre um bom momento para refletir sobre as nossas próprias ações. A reciprocidade e a empatia fazem a vida mais coerente e com menos motivos para arrependimentos.

A mente prepara armadilhas que acomodam qualquer razão. O difícil é ultrapassar esse lugar comum e buscar alinhamento e imparcialidade na conduta e nos inevitáveis julgamentos.






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