A importância da EMPATIA

"Podebrady, janeiro de 1942. As pessoas por aqui estão tristes, e todos encaram a guerra com dificuldade. Isto inclui arianos e não arianos, para usar a tão peculiar nomenclatura pela qual se divide a criação de Deus.
(...)
Vivemos tempos estranhos e somos vistos por alguns como membros de uma raça de menor valor. Negros, é claro, são também substimados, e o mundo, no entanto, se cala a esse respeito, até mesmo os judeus. Será melhor quando Deus iluminar nossos cérebros e entendermos que somos todos iguais perante Ele."


O texto transcrito acima é um trecho do diário escrito por Ruzena Spieglova, viúva que vivia sozinha, enfrentando o luto recente pela morte de sua filha na II Grande Guerra.

O trecho está num livro de Madeleine Albright, ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, natural da Tchecoslovaquia e que enfrentou a mesma guerra, sendo obrigada a deixar seu país nesta oportunidade e depois quando os comunistas assumiram tomaram a Tchecoslovaquia.

Segundo M. Albright, a empatia,  traduzida (i) pela generosidade de espírito de uma pessoa em extremo sofrimento pessoal, mas que ainda assim é capaz de se importar com o próximo e (ii) pela crença de que todos somos iguais, é o antídoto mais eficiente para combater o torpor moral autocentrado, semente dos pensamentos que produzem líderes (ou pessoas em geral) autoritários.

A empatia é o remédio se não para todos, para a maioria dos males de convivência social. Ela é mais eficiente do que qualquer lei, qualquer ameaça...

A EMPATIA tem mão dupla, ou tripla, ou mesmo mãos múltiplas! A empatia está dentro de todos nós, mas precisa ser praticada, exercitada até que, quando menos se espera, estaremos buscando mais entender as razões das diferenças do que em julgar quem pensa diferente de nós!




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